A organização Portas Abertas lançou sua Lista Mundial da Perseguição de 2024, destacando os 50 países onde os cristãos enfrentam as maiores adversidades devido à sua fé. Pela 22ª vez em 23 anos, a Coreia do Norte lidera a lista. A crítica principal da Portas Abertas recai sobre a nova política da China de repatriar fugitivos para a Coreia do Norte, ocorrida em 9 de outubro de 2023, afetando cerca de 600 norte-coreanos, predominantemente mulheres, que enfrentam condições extremamente difíceis ao retornar.
Enquanto o foco global estava em Israel e Gaza, a China repatriou esses indivíduos para o regime comunista, onde enfrentam tortura, abuso sexual e trabalhos forçados nos campos de prisioneiros do país.
Além disso, a África Subsaariana também preocupa a Portas Abertas, alertando sobre a combinação de instabilidade violenta e controle autoritário que poderia extinguir a presença cristã na região. No último ano, mais de 4.600 cristãos foram mortos na região, mas a organização acredita que o número real seja ainda maior.
A Portas Abertas destaca a ameaça na Nigéria, onde mais de 82% dos cristãos mortos por sua fé em todo o mundo são registrados. Militantes islâmicos, incluindo grupos como Boko Haram e Estado Islâmico da Província da África Ocidental, assim como pastores Fulani radicalizados, perpetram ataques com assassinatos, estupros, mutilações, destruição de propriedades e sequestros para resgate.
A organização enfatiza a intensificação da perseguição global, afirmando que 365 milhões de cristãos enfrentam “altos níveis” de discriminação e perseguição por sua fé, um aumento em relação ao ano anterior. Na Índia, que ocupa o 11º lugar, houve um aumento significativo nas mortes cristãs, passando de 17 para 160 no último ano, com um aumento extremo nos ataques a igrejas e escolas cristãs.
A violência em Manipur, no nordeste da Índia, resultou em 160 cristãos mortos e 62.000 deslocados, revelando um cenário alarmante de hostilidade. A organização ressalta a necessidade de ações significativas por parte dos governos para evitar a desaparição de comunidades cristãs outrora prósperas. Em geral, a Portas Abertas destaca o aumento da perseguição global aos cristãos, instando à atenção e intervenção para proteger a liberdade religiosa em todo o mundo.
