Nas vastas regiões do mundo ortodoxo, um grande número de pessoas celebra o Natal em 7 de janeiro, um fenômeno que diverge das tradições católicas e protestantes, onde o feriado é comemorado em 25 de dezembro. Esta discrepância nas datas de Natal está enraizada na utilização do calendário juliano por parte da tradição ortodoxa, resultando no alinhamento da celebração com o 7 de janeiro no calendário gregoriano.
Em diversas nações da Europa Oriental, como Bielorrússia, Macedônia, Moldávia, Montenegro, Sérvia e Rússia, assim como na Geórgia e no Cazaquistão, o Natal é oficialmente celebrado em 7 de janeiro. No nordeste da África, essa tradição é observada no Egito e na Etiópia, enquanto na Armênia ocorre em 6 de janeiro.
A raiz dessa divergência remonta ao Grande Cisma de 1054 d.C., quando as esferas católicas ocidentais e a Igreja Ortodoxa Oriental se separaram. Apesar disso, ambos concordavam que o Natal deveria ser celebrado em 25 de dezembro. A mudança na percepção das datas ocorreu em 1582, quando o Papa Gregório XIII introduziu o calendário gregoriano para corrigir imprecisões no calendário juliano. A alteração visava realinhar importantes feriados cristãos, como a Páscoa, com o equinócio da primavera.
O calendário gregoriano, amplamente adotado internacionalmente, corrigiu as discrepâncias temporais, mas encontrou resistência em alguns países, como a Grã-Bretanha, que só adotou o novo calendário em 1752. Assim, a celebração do Natal em 7 de janeiro em algumas regiões ortodoxas não reflete uma discordância sobre a data do nascimento de Jesus, mas sim uma diferença de calendários.
Em última análise, o debate sobre a data exata do nascimento de Jesus persiste, mas a diversidade nas tradições de Natal destaca a influência dos calendários na observância religiosa. Seja em 25 de dezembro ou 7 de janeiro, a essência da celebração permanece inalterada, recordando o significado profundo por trás do nascimento de Jesus.